sábado, 21 de maio de 2011

O Cangaceiro, de Lima Barreto


"Olê muié rendeira" canta o nordestern brasileiro. Cantos de alerta, cantos de amor; cantos expressivos, cantos gratuitos... Na linha tênue entre a fuga e a abolição, Teodoro e Maria rasgam a caatinga, estilhaçam os territórios, desconstroem os modos sedentários de viver dos homens de guerra e de religião, redispõem radicalmente o desejo em uma deriva extraordinária... Máquina de desterritorialização, o Cangaceiro anarquiza as situações e as ações, pulveriza os códigos, coloca em processo o meio histórico e geográfico, abre passagem para o fora e para a presença vitalizante das velocidades imperceptíveis e dos encontros impossíveis. Vida de cangaceiro feita de meios e de ritmos... Canto de liberdade banhado no amor e estendido na terra...

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