terça-feira, 20 de novembro de 2007

Ciclo de Projeções e Estudos do Cinema Documentário


Curadoria: Alessandro G. Campolina

O afrouxamento dos limites entre ficção e não-ficção, os novos estatutos da alteridade e a multiplicação dramática das vozes que atravessam a estética áudio-visual fazem com que os debates em torno da problemática do cinema documentário sejam cada vez mais urgentes.

Além de ter sido a “locomotiva estética” que abriu passagens para as experimentações de diversos cineastas brasileiros, o documentário é um dos gêneros, cuja participação crescente nas salas de exibição tem sido mais notória, na atualidade.

Cinema de resistência e de vanguarda, o documentarismo se constitui cada vez mais como um terreno de hibridizações, de poéticas mistas e de ultrapassamento do perceptível e do memorável.

Assim, a compreensão dos processos agenciados pelo documentário torna-se imprescindível para pensarmos os territórios fronteiriços do cinema contemporâneo, em suas complicações com a produção de realidade.

Objetivos
1. Definir procedimentos de leitura das imagens e da linguagem do cinema documentário; 2. Construir consistências conceituais que permitam pensar o lugar e a influência deste cinema nas transformações da experiência sensível do tempo e do espaço; 3. Abrir espaço para experiências implicadas no cotidiano e no fazer dos participantes 4- Estabelecer conversações sobre a importância da atenção aos processos agenciados pelo cinema, articulando redes de discussão, produção e distribuição de documentários.

Conteúdo programático do Módulo I (2007):
1- O Documentário e Seus Modos

Apresentação e texto “Que tipo de documentários existem?” (09/10/2007)

2- O Documentário Expositivo

Texto: “A estética do documentário clássico” (16/10/2007)

Filme: Nannok do Norte (13/10/2007)

3- O Documentário Observativo

Texto: “O cinema direto” (23/10/07)

Filme: Caixeiro-viajante (27/10/2007)

4- O Documentário Participativo

Texto: “Uma janela e um farol” (06/11/2007)

Filme: Jaguar (14/11/ 2007)

5- O Documentário Reflexivo

Texto: “A invenção de uma escrita documental” (20/11/2007)

Filme: O homem com uma câmera (24/11/2007)

6- O Documentário Performático

Texto: “Entrevista com a diretora Sandra Kogut” (04/12/2007)

Filme: Noite e Neblina (04/12/2007)

7- O Documentário Poético

Texto: “Eu é outro: documentário e narrativa indireta livre” (11/12/2007)

Filme: Koyaanisqatsi (08/12/2007)

Estratégia
1- Seminários de discussão de referenciais teóricos, após leitura prévia de textos selecionados, acompanhados de apresentação de trechos de filmes que ilustrem os temas discutidos, com atenção tanto para os conteúdos como para os elementos da linguagem cinematográfica.

2- Exibição e discussão, aberta ao público, dos filmes selecionados para compor o ciclo.

3- Avaliação da experiência de debate com o público, por parte dos participantes do grupo de estudo.

Destinado a: todos os interessados em pensar o lugar do cinema na contemporaneidade.

Número de participantes: 10 a 20.

Local e Horário: sede do MIS Campinas às terças 19hs e sábados às 16hs.

Rua Regente Feijó, 859 - Centro
Atendimento previamente agendado telefone: (19) 2116-0806
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª, das 9 às 17h

Bibliografia de referência

1
-Bill Nichols. Que tipo de documentários existem? In: Introdução ao documentário. Ed. Papirus, Campinas, 2005. P. 135.

2- Da-Rin Silvio. A estética do documentário clássico. In: Espelho partido: tradição e transformação do documentário. Ed. Azougue, Rio de Janeiro, 2006. p. 71.

3- André Parente. O cinema direto. In: Narrativa e modernidade. Ed. Papirus, Campinas, 2000.p. 110.

4- Amir Labaki. Uma janela e um farol. In: Introdução ao documentário brasileiro. Ed Francis, São Paulo, 2006. p.59.

5- Da-Rin Silvio.A invenção de uma escrita documental. In: Espelho partido: tradição e transformação do documentário. Ed. Azougue, Rio de Janeiro, 2006. p. 71.

6- José Carlos Avellar. Entrevista com a diretora Sandra Kogut. In: Um passaporte húngaro [DVD]. Videofilmes, Rio de Janeiro, 1997.

7- Francisco Elinaldo Teixeira. Eu é outro: documentário e narrativa indireta livre. In: Documentário no Brasil – Tradição e transformação. Ed. Summus, São Paulo, 2004. p.29.

Um comentário:

Lívia Alcântara disse...

Olá! É possível ter acesso aos textos acima?