segunda-feira, 11 de abril de 2011

The Black Power Mixtape, de Goran Hugo Olsson


O diretor Göran Hugo Olsson conta que, anos atrás, ouviu o boato de que a Suécia teria captado mais imagens dos Panteras Negras do que os EUA. Vasculhando em arquivos da TV sueca, Olsson descobriu que a rumor bem poderia ser verdadeiro... The Black Power Mixtape invade a cena contemporânea reinventando a dimensão mnemônica da imagem, tanto pela recuperação de arquivos a serem reeditados, quanto pela sensorialidade com que trabalha a fronteira entre a lembrança e o esquecimento. Estamos diante de uma remixagem musical do visível, o movimento como relação de pertencimento ao tempo, instaurando qualidades de uma visualidade rítmica. É com a decomposição do movimento que se propõe uma re-leitura, em que o filme seja mais música, mais movimento intenso, mais movimento no tempo... Um remix do visível em que o presente é tornado o não-visível pregnante da imagem.

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