segunda-feira, 17 de março de 2008

Cinema Nômade com Jos Stelling




O Homem da Linha, Holanda (1985)

Uma relação improvável, em um lugar qualquer, entrecruza as linhas desviantes de personagens a deriva. Com uma narrativa anti-dialógica, Jos Stelling lança o ruído contra o verbo, em uma magnífica exposição do afeto e da natureza. Num bailar de devires, animalescos e pueris, o encontro do estranho agulheiro com a bela francesa faz descongelar o deserto, eletrizando o tempo puro dos espaços vazios e das imagens sonoras. A atmosfera gelada, a sonoplastia rítmica e as alternânicas de luz e de cor criam as nuâncias e densidades da topografia subjetiva dos territórios de passagem. Arrebator e sensível, “O Homem da Linha” é ao mesmo tempo a desconstrução poética dos signos lingüísticos e o amor louco de uma animalidade total.

Um comentário:

joshua disse...

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PALAVROSSAVRVS REX