terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quasi-cinema


NY,1974. Hélio Oiticica cria com Neville de Almeida a experiência que intitula de quasi-cinema, blocos de experiências, work in progress, sequência de espaços fílmicos.

"Esses blocos de experiência são uma espécie de quasi-cinema: um avanço estrutural na obra de Neville e aventura incrível no meu afã de inventar - de não me contentar com a e de me inquietar com a relação (principalmente visual) espectador-espetáculo (mantida pelo cinema-desistegrada pela tv) e a não ventilação de tais discussões: uma espécie de quietismo quiescente na crença (ou nem isso) da imutabilidade da relação: mas a hipnotizante submissão do espectador frente à tela de super-definição visual e absoluta sempre me pareceu prolongar-se demais".

Esses blocos se constituem de projeções simultâneas de slides, de uma banda sonora, e de uma série de instruções para a participação do espectador. Entre a fotografia e o cinema Hélio fragmenta a experiência fílmica deslocando as imagens do visual para o sensorial.

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